quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Por uma vida mais saudável...e mais longa

Dicas e novidades de saúde e bem-estar para você
Um estudo da Universidade de Cambrigde e do Conselho de Pesquisa Médica de Norfolk (Inglaterra) comprova: ter hábitos saudáveis pode “adicionar” 14 anos de vida a uma pessoa. Fazer exercícios físicos, não fumar nem beber em demasia e comer frutas, verduras e legumes podem ajudar a prolongar os anos de vida.
O levantamento foi feito com mais de 20 mil indivíduos, com idades de 45 a 79 anos, no Reino Unido, entre os anos de 1993 e 2006. Foram pesquisados quatro hábitos relacionados à saúde em pessoas de diferentes classes sociais e até mesmo com índice de massa corpórea (IMC) distintos. Conforme tinham comportamentos saudáveis, os entrevistados iam marcando pontos. Se não fumassem, marcavam um ponto. Se comessem cinco porções de frutas e verduras por dia, mais um. Se fossem fisicamente ativos, mais um. E se bebessem com moderação, entre meia e sete taças de vinho por semana, marcavam outro ponto.
Ao final da observação, os estudiosos concluíram que, quem marcava os quatro pontos, tinha quatro vezes menos chance de morrer do que quem não tinha marcado nenhum. Na comparação, uma pessoa com 60 anos e nenhum ponto corria o mesmo risco de morrer que uma pessoa com 74 anos e quatro pontos.
“O exercício físico melhora a pressão arterial e os níveis glicêmicos, além de aumentar a força muscular e a capacidade aeróbica”, Quem não fuma acumula pontos e vive mais porque esse hábito está associado a um risco cardiovascular aumentado, bem como a uma incidência maior de alguns tumores, sobretudo de pulmão, bexiga e laringe, e a doenças pulmonares crônicas.
Conheça outros cinco hábitos que podem levar a uma vida longa
1. Dormir bem
2. Administrar o estresse
3. Estar em dia com as vacinas
4. Praticar sexo seguro
5. Fazer check-ups com regularidade

domingo, 26 de setembro de 2010

Clínica Endocorp -

Estamos promovendo aqui em Campinas uma campanha com algumas empresas da RMC (Região Metropolitana de Campinas) de estímulo a medicina prevêntiva, ou seja as empresas estímulam seus funcionários a consultar o médico de forma preventiva, com o objetico de  valorização do capi­tal humano. Isso tornou-se imprescindível e as empresas começaram a investir em ações de promoção de saúde para ofere­cer melhor qualidade de vida aos seus funcionários, no nosso caso, oferecemos nossa Clínica Especializada em Gastroenterologia, com exames endoscópicos, diagnóstícos e terapêuticos.

Essas iniciativas promovem um aumento da produtividade do trabalhador e, por consequência, da empresa.

 Ao apresentar essa nova cultura, a empresa dissemina a ideia de que uma vida mais feliz e produtiva está atrelada a hábitos mais saudáveis.

As ações de promoção de saúde ajudam a evi­tar um fenômeno chamado presenteísmo
ou seja, quando o trabalhador comparece à empresa, mas não consegue produzir
Tudo vai melhorar quando a maioria das pessoas de bem forem mais ousadas que as canalhas.

Coco Chanel & Igor Stravinsk

Assiti esse filme e amei, vejam a sinopse
Coco Chanel, devotada a seu trabalho e apaixonada pelo charmoso e bem sucedido Arthur Boy Capel, comparece ao Théâtre des Champs-Élysées, onde Igor Stravinsky mostra pela primeira vez a sinfonia A Sagração da Primavera. Ela se encanta pela música, mas o público vaia uma obra revolucionária e moderna para seu tempo.

Sete anos mais tarde, Coco e Igor se reencontram em situações opostas. Ela agora é uma estilista famosa, rica e respeitada, e vive a dor da morte de Boy, enquanto ele vive em exílio na França após a Revolução Russa. A atração entre os dois é imediata. Coco o convida para se hospedar em sua casa de campo para compor; Igor aceita e muda-se com a mulher e filhos. Um intenso romance então se inicia entre os dois artistas na fase mais criativa de suas carreiras.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras. Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida

A Felicidade é uma Obrigação de Mercado - Arnaldo Jabor

Desculpem a autorreferência, que é vitupério - mas, estou terminando meu filme A Suprema Felicidade, que me tomou três anos, entre roteiro, preparação e filmagem. Agora, sairá a primeira cópia.

Amigos me perguntam: "Que é essa tal de A Suprema Felicidade? Onde está a felicidade?" Eu penso: que felicidade? A de ontem ou a de hoje?
Antigamente, a felicidade era uma missão a ser cumprida, a conquista de algo maior que nos coroasse de louros; a felicidade demandava "sacrifício". Olhando os retratos antigos, vemos que a felicidade masculina estava ligada à ideia de "dignidade", vitória de um projeto de poder. Vemos os barbudos do século 19 de nariz empinado, perfis de medalha, tirânicos sobre a mulher e os filhos, ocupados em realizar a "felicidade" da família. Mas, quando eu era criança, via em meus parentes, em minha casa, que a tal felicidade era cortada por uma certa tristeza, quase desejada. Já tinha começado o desgaste das famílias nucleares pelo ritmo da modernidade.
Hoje, a felicidade é uma obrigação de mercado. Ser deprimido não é mais "comercial". A infelicidade de hoje é dissimulada pela alegria obrigatória. É impossível ser feliz como nos anúncios de margarina, é impossível ser sexy como nos comerciais de cerveja. Esta "felicidade" infantil da mídia se dá num mundo cheio de tragédias sem solução, como uma "disneylândia" cercada de homens-bomba.
A felicidade hoje é "não" ver. Felicidade é uma lista de negações. Não ter câncer, não ler jornal, não sofrer pelas desgraças, não olhar os meninos malabaristas no sinal, não ter coração. O mundo está tão sujo e terrível que a proposta que se esconde sob a ideia de felicidade é ser um clone de si mesmo, um androide sem sentimentos.
O mercado demanda uma felicidade dinâmica e incessante, cada vez mais confundida com consumo, como uma "fast-food" da alma. O mundo veloz da internet, do celular, do mercado financeiro nos obriga a uma gincana contra a morte ou velhice, melhor dizendo, contra a obsolescência do produto ou a corrosão dos materiais.
A felicidade é ter bom funcionamento. Há décadas, o precursor McLuhan falou que os meios de comunicação são extensões de nossos braços, olhos e ouvidos. Hoje, nós é que somos extensões das coisas. Fulano é a extensão de um banco, sicrano comporta-se como um celular, beltrana rebola feito um liquidificador. Assim como a mulher deseja ser um objeto de consumo, como um "avião", uma máquina peituda, bunduda, o homem também quer ser uma metralhadora, uma Ferrari, um torpedo inteligente, e mais que tudo, um grande pênis voador.
A ideia de felicidade é ser desejado. Felicidade é ser consumido, é entrar num circuito comercial de sorrisos e festas e virar um objeto de consumo. Não consigo me enquadrar nos rituais de prazer que vejo nas revistas. Posso ter uma crise de depressão em meio a uma orgia, não tenho o dom da gargalhada infinita, posso broxar no auge de uma bacanal. Fui educado por jesuítas, para quem o sorriso era quase um pecado, a gargalhada um insulto.
Bem - dirão vocês -, resta-nos o amor... Mas, onde anda hoje em dia, esta pulsão chamada "amor"?
O amor não tem mais porto, não tem onde ancorar, não tem mais a família nuclear para se abrigar. O amor ficou pelas ruas, em busca de objeto, esfarrapado, sem rumo. Não temos mais músicas românticas, nem o lento perder-se dentro de "olhos de ressaca", nem o formicida com guaraná. Mas, mesmo assim, continuamos ansiando por uma felicidade impalpável.
Uma das marcas do século 21 é o fim da crença na plenitude, seja no sexo, no amor e na política.
Se isso é um bem ou um mal, não sei. Mas é inevitável. Temos de parar de sofrer romanticamente porque definhou o antigo amor... No entanto, continuamos - amantes ou filósofos - a sonhar como uma volta ao passado que julgávamos que seria harmônico. Temos a nostalgia lírica por alguma coisa que pode voltar atrás. Não volta. Nada volta atrás.
Sem a promessa de eternidade, tudo vira uma aventura. Em vez da felicidade, temos o gozo rápido do sexo ou o longo sofrimento gozoso do amor; só restaram as fortes emoções, a deliciosa dor, as lágrimas, motéis, perdas, retornos, desertos, luzes brilhantes ou mortiças, a chuva, o sol, o nada. O amor hoje é o cultivo da "intensidade" contra a "eternidade". O amor, para ser eterno hoje em dia, paga o preço de ficar irrealizado. A droga não pode parar de fazer efeito e, para isso, a "prise" não pode passar. Aí, a dor vem como prazer, a saudade como excitação, a parte como o todo, o instante como eterno. E, atenção, não falo de "masoquismo"; falo do espírito do tempo.

Há que perder esperanças antigas e talvez celebrar um sonho mais efêmero. É o fim do "happy end", pois na verdade tudo acaba mal na vida. Estamos diante do fim da insuportável felicidade obrigatória. Em tudo.

Não adianta lamentar a impossibilidade do amor. Cada vez mais o parcial, o fortuito é gozoso. Só o parcial nos excita. Temos de parar de sofrer por uma plenitude que nunca alcançamos.

Hoje, há que assumir a incompletude como única possibilidade humana. E achar isso bom. E gozar com isso.

Não há mais "todo"; só partes. O verdadeiro amor total está ficando impossível, como as narrativas romanescas. Não se chega a lugar nenhum porque não há onde chegar. A felicidade não é sair do mundo, como privilegiados seres, como estrelas de cinema, mas é entrar em contato com a trágica substância de tudo, com o não sentido, das galáxias até o orgasmo. Usamos uma máscara sorridente, um disfarce para nos proteger desse abismo. Mas esse abismo é também nossa salvação. A aceitação do incompleto é um chamado à vida.

Temos de ser felizes sem esperança. E este artigo não é pessimista...